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OOC
Ler
seu blog foi como levar um soco no estômago. Uma parte de mim se perdeu nas suas palavras, tão sinceras, tão cruas, e tudo o que pude fazer foi sentir. Sentir como se estivesse perdendo não só alguém importante, mas também um pedaço de mim mesma.
O jogo, pra mim, sempre foi mais do que uma distração. Ele foi refúgio. Nos anos de 2023 e 2024, especialmente, ele se tornou sobrevivência. Morar sozinha, chegar em casa e ser recebida apenas pelo som da minha própria voz... é um tipo de solidão que a gente não sabe explicar direito. É como se o silêncio tivesse peso. Foi nesse cenário que ele me salvou. Que
você me salvou.
Mesmo com um oceano inteiro de distância, passar da noite ao amanhecer em ligação me fazia sentir acolhida. Tão simples e tão imenso: ouvir a respiração do outro lado da linha, dividir o cansaço, compartilhar silêncios sem precisar preenchê-los com palavras. A gente cuidava uma da outra, mesmo longe. E ainda cuida.
Sua amizade foi — e ainda é — uma das coisas mais importantes que eu tive nos últimos anos. Anos que não foram só solitários, mas também feitos de diagnósticos, de descobertas de feridas antigas, de batalhas internas silenciosas, de dias em que eu mal reconhecia a mim mesma. E, mesmo nos piores dias, eu sabia que podia contar com você. As noites em claro, as risadas, até os silêncios... tudo isso virou abrigo. Não era sobre ganhar ou perder. Era sobre sobreviver juntas.
Sua decisão de seguir em frente, de se desprender das amarras do jogo para abraçar a vida real, é louvável. Não há dúvida de que é o caminho certo. Meu coração se enche de orgulho e admiração pela pessoa incrível que você se tornou. Sei que decisões como essa carregam consigo o peso das incertezas, mas às vezes, é preciso enfrentar os dilemas da vida para nos reencontrarmos.
Obrigada por ter sido minha âncora quando o mar parecia não ter fim. Obrigada por ter sido, e por ainda ser, casa.
Posted 4/28/2025, 6:00 PM