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    🌀𝐻𝐴𝑁𝐺 𝑇𝐸𝑁, 𝑀𝐴𝐷𝑅𝐼𝐷! 🌊
    

Tem momentos na vida que a gente guarda pra sempre e esse, definitivamente, é um deles.
Estamos em Madri. O cheiro de mar, o som das pranchas batendo nas ondas e o frio cortante do fim de dezembro não parecem combinar… mas pra gente, combina perfeitamente. É o tipo de loucura que faz sentido quando é vivida a dois.
Nossa 
primeira competição.
Nosso primeiro 
“HANG TEN, BABY!” gritado com o coração batendo na garganta e o sorriso escapando antes mesmo da prancha se equilibrar.
Acordamos cedo (cedo demais, pra ser sincera). Kin com aquele olhar determinado e o cabelo bagunçado de quem não dormiu direito, eu tentando fingir calma enquanto ajeitava a lycra que teima em não ficar no lugar. A gente se olhou e começou a rir, porque é assim: o nervosismo sempre vira riso entre nós.
E então veio o mar.
O som da água, o vento gelado no rosto e aquela sensação de liberdade absoluta quando a prancha desliza e o corpo parece entender o que é ser parte da correnteza. Foi ali, naquele instante, que o tempo parou.
Eu gritei, ele gritou, e o mundo girou no ritmo das ondas.
Foi o nosso “primeiro tudo” nesse esporte que, de alguma forma, virou parte da nossa história.
Meu marrentinho saiu da água com aquele sorriso vitorioso — o mesmo que me faz rir mesmo quando tento bancar a séria — e eu só conseguia pensar: 
é assim que começa.No fim do dia, a gente estava exausto, com os cabelos duros de sal, o corpo dolorido e o coração leve.
Porque não importa quem ganhou ou quem caiu mais (spoiler: eu caí mais 😅).
O que importa é que a gente 
foi.
Sem medo, sem hesitar, só foi.
E quando o sol se pôs atrás no horizonte e o vento trouxe o cheiro de mar misturado com risada, eu percebi:
a vida é feita desses instantes em que o medo e a alegria dançam juntos.
E, de algum jeito, a gente aprendeu a surfar entre eles.
    
        Posted 10/31/2025, 11:00 PM